21/05/2009

nos mitos da noite...tenho medo de os perder!

tenho medo do escuro
tenho medo de mim
e dos reflexos no espelho
tenho medo da luz, procuro esconder-me...
tenho medo de ter medo,
mas mais medo de não ter.
tenho medo do tédio de ser,
como todos querem ser.
tenho medo de correr,
quando devia andar
tenho medo de cair
e depois não conseguir levantar
tenho medo do vento,
seguido da tempestade,
mas mais medo de os deixar ir em liberdade.
tenho medo da luxúria do ter
como todos o querem ter...sem medo.
tenho medo de ficar petrificado
à tua passagem, lua que de mim escarneces.
tenho medo do sangue,
o que não corre e devia correr
o que escorre, numa marca eterna que faz doer...
lento é o tempo de ter medo
como lenta é a noite de todos os medos
por isso tenho medo dos mitos da noite
mas mais medo de os perder
meus medos queridos...

20/05/2009

princesa do lago

perfeita repetição
sentidos em afinação...

do lago
e numa palavra discreta
sonoros mistérios despertam

do abraço,
o beijo que falta

das ondas
na areia molhada
sentidos, na madrugada

corre corre
corre pela manhã

da boca molhada
de um peito palpitante
num perfeito tratado,
assim desencadeado...

corre pela manhã
corre e nunca te percas
doce princesa do lago

19/05/2009

leve beijo triste

Teimoso subi
Ao cimo de mim
E no alto rasgei
As voltas que dei

Sombra de mil sóis em glória
Cobrem todo o vale ao fundo
Dorme meu pequeno mundo

Como um barco vazio
P'las margens do rio
Desce o denso véu lilás
Desce em silêncio e paz
Manso e macio

Deixa que te leve
assim tão leve
Leve e que te beije meu anjo triste
Deixo-te o meu canto canção tão breve
Brando como tu amor pediste

Não fales calei
Assim fiquei
Sombra de mil sóis cansados
Crescendo como dedos finos
A embalar nossos destinos



15/05/2009

another time songs

maybe one day...who knows?!




music and video performed by me
first time was a long time ago





start again performed by LO!
Video made by me

preachers...or otherwise


the world seems to me,

like a dream.

invention of gods,

holy space.

in a colored smoke,

we found,

preachers of death,

all over around.

and we try to understand

what’s wrong with this world?

day after day we crawl,

looking for something,

we can not find.

in a colored rain ,

we fall,

with preachers of death all over around.


"it was so long ago, so long to be named, to be blamed, to be asked. so long ago...!"

me and my meaning dream
in thousand years we lived

alguma vez?

alguma vez tentaste
parar o pensamento
alguma vez pensaste
que longe de vivos estaremos.
procura nesta lama
os simples prazeres
de estar dentro do ser

alguma vez pensaste
em ser teu prisioneiro
e alguma vez pensaste
em fugir de ti mesmo
larga as lutas inglórias
e cava bem fundo
na mente, somente

alguma vez te falaste
e o caminho indicaste
alguma vez mataste
os teus sonhos de vez
corre contra a corrente
foge do escuro de ti
tenta novamente
sentir o que há para vir...

uma entrada...

sente-me quando estamos próximos
chama-me quando partir
alimenta-me quando a face me tocas
persegue-me quando fugir

irei encontrar um lugar
irei encontrar uma porta
a entrada segura da história

ama-me quando próximo de ti chegar
odeia-me quando partir sem olhar
beija-me quando a mente fluir
mata-me quando para longe voar...

tempos a tempos

e no dia seguinte descemos da nuvem
daquela que nos levou algures a um tempo!
tempo que já foi, e somente permanece na mente,
nos escritos que o reinventam...
que agora soam a distante,
a sem vontade,
a já foi e não tem de voltar.
mas por momentos estranhos...
[ahh...] parece soar a necessidade.

[bahhh...] queremos antes novidades!
tempos futuros de mistérios e necessidades,
futuros de magia e mágicos de olhos amendoados,
que nos levam em cavalos alados, talvez assim, atordoados!
pois só no presente pensamos o passado,
e sem sabermos podemos ficar atolados...desamparados.

vamos companheiros,
é no tempo futuro que o homem da mente vive,
é de sonhos que sabemos fazer girar o mundo,
é de mundos coloridos e nada passados,
sempre em novas demandas, nunca aguilhoados!
sempre inquietos, talvez um pouco extasiados...arrebatados!

vamos amigos,
temos de o abraçar, a tempo
de sentir o que há mais para contemplar
de amar o que sempre foi feito para amar
e fazendo o caminho avançar...
umas vezes devagar,
outras com vontade de já lá estar.

como o tempo numa trança de tempo,
com o passado na volta de trás
que volta de quando em vez a tempo
e à nossa frente ameaça...
assaz no nosso contentamento fugaz.

história do gato e da lua

aquele 2º andar

às vezes sentava-me na janela,
daquele 2º andar,
fumava a olhar para o castelo
e amava uma donzela encantada
que por ele esteve enamorada
fazia versos a lembrar uma guitarra
e sonhava de cores nunca pinceladas
bebi da fonte das três bicas
para de cá nunca abalar
eu e a donzela encantada
e para sempre a namorar
mas a lenda foi transformada,
pela guerra de uma sociedade empedrada
sofre agora a donzela que para longe abalou
para nunca mais cá voltar
morreu devagar o meu sonhar,
mas ficou o desejo para um dia lá voltar…
à janela do 2º andar...

por momentos...no tempo

09/05/2009

bem cedo...quanto antes...agora!

Run away from all your boredom
Run away from all your whoredom and wave
Your worries, and cares, goodbye
All it takes is one decision
A lot of guts, a little vision to wave
Your worries, and cares goodbye

Placebo - Slave to the wage

...mas se fosse fácil ninguém seria infeliz...

08/05/2009

sete é cinco mais dois (matemáticas da vida)


dos sete, cinco são e mais dois...
dos sete, dois estão para o cinco, como o sol que se põe para a lua...
dos sete, nenhum perco se por um me deixar levar, levemente, brevemente, em paz...
dos sete, sete mais queríamos ter e mais cincos com dois fazer...
a sete peço que me ouçam os cincos e os dois
pois a eles peço que me ajudem a crescer e a ter mais por onde escolher, viver como só o sete sabe fazer!
São sete estranhos dias, sete estranhos caminhos e sete estranhos motivos...


(de conversas, e outras reflexões...)

15/04/2009

seres sentidos...

quero amar quem não amei, mas sem deixar de amar quem amei... e vou amar...
quero optar pela esquerda e pela direita, sem deixar para trás qualquer uma das portas fechadas...
quero poder nunca perder de vista, que optei por uma dessas portas e lembrar que outro eu estaria aqui se tivesse optado pelo outro lado.
quero parecer-me a um polvo com os seus numerosos tentáculos, e com cada um deles, simultaneamente, agarrar e sorver experiências únicas e irrepetíveis, num mesmo tempo, num mesmo espaço ...vértice de vidas possíveis.
quero viver numa foto o passado e o futuro e quero procurar o negativo para encontrar outro eu no presente...
quero as experiências que tive e mais ainda as que não tive...
quero ser quem sou e ainda quem não fui...e quero ser quem serei...
mas no fim, lá bem no fundo, em breves momentos de sobriedade, tenho medo que nada disto faça sentido...prostrado a um silêncio à muito convertido.
mas quero sentir que tudo isto seja parte de um mesmo sentido, o sentido que damos ao que é ser sentido!

21/03/2009

o toque...(do vampiro)

procuro o toque perfeito...
ao longe a sereia
que fascina mortais,
com o seu longo grito lascivo
chora, pois termina devagar,
o sopro de um dia mais…

delicada deusa estival,
de adornos sonoros, brilhantes
e melancólicos…
eleva-se a divindade
com a dança que lhe cabe
e rodopia cantando
olhando o seu reinado!

também os zéfiros
vagueiam pelo bosque
procurando a sorte,
que se nota,
num vacilante vai e vem,
de ventos do norte…

o som seduz-me e eleva-me
numa dança hipnótica, erótica...
rodopio, e a lua
de vermelho acossada
parece para mim esquartejada...
sangra o céu negro da noite,
mas doce é a brisa que me
acaricia e delicia secretamente

finalmente com sorte te toco,
minha princesa da noite
e noto…o toque na pele
com os lábios sedentos,
num corpo que estremece...
e suavemente me perco.

e o anseio,
perde-se lentamente
no final da noite…
com o sabor da pele nos lábios,
com o cansaço do prazer no corpo,
com a mente no sonho tornado realidade...
encontro o toque perfeito!
e toco, para saber que de ti
levei um bocado...

para que hei-de eu escrever?...





Lets dance in style, lets dance for a while
Heaven can wait were only watching the skies
Hoping for the best but expecting the worst
Are you going to drop the bomb or not?

Let us die young or let us live forever
We dont have the power but we never say never
Sitting in a sandpit, life is a short trip
The musics for the sad men

Can you imagine when this race is won
Turn our golden faces into the sun
Praising our leaders were getting in tune
The musics played by the madmen

Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever, forever

Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why dont they stay young

Its so hard to get old without a cause
I dont want to perish like a fading horse
Youth is like diamonds in the sun
And dimonds are forever


So many adventures couldnt happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams are swinging out of the blue
We let them come true (just in the original)"

Música dos Youth Group de um Original de Alphaville 1984

06/03/2009

"Time is on my side! Yes it is..."


(...)
hoje parei momentaneamente e olhei para o relógio....este que está aqui do meu lado direito no próprio blog (daqui a uns posts será no canto superior direito mesmo abaixo do cabeçalho).
Mas continuando, hoje olhei para os segundos e vi-os passar...23, 24, 25, 26, 27, 28, ... não é que aquela coisa anda rápido que se farta? Vejamos, num minuto são "só" 60, numa hora 3600, num dia 86400, na próxima semana 604800, este ano vão ser 31449600...whow!!! Calma lá meu!!!

- Hei?! Alguém abranda aí essa maquina universal? É que isto de andar a correr está a deixar-nos sem tempo...

Questões para reflexão: será que se o tempo parasse, viveríamos mais tempo, ou teríamos mais tempo? Será que teríamos sequer noção de que a vida é tempo e sem ele, ela seria no mínimo estranha, ou não seria? Será que temos consciência que só sabemos que estamos vivos porque tudo muda e essa mudança, essa consciênca, está directamente relacionada com o tempo?



Vamos lá acabar com os desabafos contra o pobre tempo, que até nos dá tempo para pensarmos, pois sem ele não somos...

13/02/2009

conversas de email...


(...)
acerca da capacidade que a Natureza têm em mostrar equilíbrio nas suas manifestações e nos seus múltiplos sentidos...

Quando é que vamos aprender com a Natureza, afinal?

resposta:

pergunta difícil!!!
quando deixarmos de ter necessidade de poder?

pergunta:

Bela resposta...mas ajuda-me a levantar outra pergunta: até que ponto o poder nos ajuda a perceber as nossas limitações?

resposta:

Quando o poder não é proporcional às nossas capacidades, não ajuda... pelo contrário cega-nos pelo orgulho dele; por outro lado, também nos pode atrofiar, pelo peso que não conseguimos carregar... É deste poder que a maioria das pessoas vive. É por este poder que a maioria das pessoas luta. É este poder que nos torna irracionais, angustiados, infelizes e sem a capacidade de discernir acerca do essencial e do acessório.

Quando o poder corresponde Às competências que temos e se os valores que nos orientam estiverem relacionados com o bem comum e com alguma capacidade de antever ( o que exige já algum auto conhecimento (será?)), ai à partida o poder que é consequência do conhecimento das nossas limitações (pois só assim faremos bom uso dele) pode ajudar-nos a compreender as dos nossos semelhantes e a orientar-nos na tomada de decisões que impelirão seres humanos a ser menos animais que os animais.

Quando é que o poder nos ajuda a perceber as nossas limitações? Quando o temos ou estamos na eminência de o ter e contudo, sabemos não SER ou (estar capacitados) para corresponder àquilo que julgamos serem as expectativas que têm (aqui entra a questão da verdade e da verdade da verdade) para o nosso papel de poder.
Se tivermos a capacidade de auto-reflexão (na forma mais pura que ele possa existir - indo à essência do que nos julgamos ser), o poder (na medida em que nos possibilita a experiência (uma, seja ela qual for), dá-nos a possibilidade de nos reconhecermos (ou não), logo de compreendermos as nossas limitações.
Mas como esta característica de auto-análise (sem medo do que se encontra) não é comum a muitos humanos ou pelo menos não é comum à maioria, também o poder não dá a possibilidade de conhecer as limitações à minoria dos humanos que o têm.

resposta:

Sim... Então deixa-me contribuir para a tua ideia com algumas das minhas divagações…

Começo por dar aquilo que, depois de muito pensar, começo a definir como “poder”. Poder será pois a compreensão e conhecimento da perfeição. Perfeição que a maioria dirá ser utópico…mas será que é utópico? A nossa forma actual de ver o mundo e os sistemas, na grande generalidade, é observar os seus produtos finais sendo o “processo” ainda “marginalizado”.
Será que no processo não se encerra o segredo da perfeição? É que ao observarmos todo o processo de um sistema, por mais pequeno que seja, temos de ter em conta as suas perdas, que são simples buscas do equilíbrio para o sistema ser funcional e progredir.

Mas voltando ao poder, que nos trouxe aqui. Compreender e conhecer todo o processo de um sistema significa deter um grande poder, o poder de contemplar e aprender, sabendo que mesmo os erros fazem parte da perfeição; não fosse o construtivismo basear-se também na auto-construção, que implica sempre a tentativa e o erro aprendendo com estes últimos…
Posso dizer então, que por conhecer como funciona o meu corpo, na perfeição (apesar de ser uma procura constante), detenho um tremendo poder sobre mim mesmo, que de forma adequada podemos expandir ao "estar com os outros". Sei as minhas limitações, ou melhor, sei como tentar superá-las, e sei como tentar relacionar-me no meio onde me encontro. E este tentar, é a busca do tal poder, que de uma forma ou de outra já verificámos que é tão “simples” como “o” conhecimento.

Ampliando o conceito de poder…até onde pode ir este poder afinal? O infinito matemático é um limite imposto pela Natureza, e talvez aqui se compreenda que a detenção total do poder para nós, pequenos elementos de um pequeno microcosmos, esteja longe de ser alcançado. Mas não deixa de significar que todos os campos de actividade da existência, não sejamos prepotentes de achar que somos só nós seres humanos a existir, detêm poder.

Agora existe uma outra face do poder. O “como usá-lo?”

Como vimos anteriormente, a procura incessante do conhecimento e da compreensão de tudo o que nos rodeia é de um poder ilimitado. Sabemos que a obtenção desse poder ou dessa capacidade de busca, relativiza o poder individual dos seres humanos. Esta busca é como procurar o ar sem o podermos ver…sabemos que existe, mas os nossos sentidos, de forma perfeita, obrigaram-nos a não conseguir vê-lo para desenvolvermos outra ferramenta, o cérebro, para o conseguir conhecer e compreender. Obtivemos então mais uma “fatia” de poder…

Mas e aquele “poder” que “manda” em nós e nos obriga sob coação? Ora bem, desde sempre que o desconhecimento era uma vantagem de subjugação para quem não o tinha ou ainda andava na sua demanda. Ou até mais “longe” ainda, quem consegue e conhece os melhores lugares de “alimentação” não revelando essa informação, na tentativa de prevalecer, tentará ter vantagem sobre terceiros, esquecendo-se que uma possível cooperação e conjugação de esforços possa gerar mais valias…
Torna-se assim fácil perceber, que com a relatividade de tempo e espaço definido por Einstein, estas questões de subjugação ainda estão a acontecer e afinal aconteceram há um “segundo” atrás e provavelmente continuaram a acontecer…

Apesar de tudo, também sabemos que o dito “poder” subjugante, que afinal é uma deturpação do verdadeiro poder, o conhecimento, não passa de uma farsa que controla maiorias. Mas, com o aumentar de conhecedores e “buscadores” de verdadeiro poder, estes “subjugadores” tiveram de amenizar as coisas, deixando que os “buscadores” criassem regras e ordem para que pudessem continuar nas suas buscas e não confrontassem os seus “subjugadores”; dessa forma os “subjugadores” ficam mais libertos para usarem a deturpação do verdadeiro poder, continuando a usufruir de “coisas”… coisas, que não são mais do que o produto dos sistemas que, como vimos no início, eram o motivo de chamarmos de utopia á perfeição. Ou seja, o “subjugadores” são menos poderosos do que aquilo que imaginam, pois continuam em busca de produtos, quando os verdadeiros poderosos, os “buscadores”, procuram o processo e dentro dele contemplando mesmo a perfeição da imperfeição (o ser humano liberta o que o intoxica, não por imperfeição…).

Resta afinal definir quem são os “buscadores” e quem são os “subjugadores”…

No meu ponto de vista, os maiores “buscadores” que podemos encaixar nestas ideias são as crianças e quem com elas pretende perceber e conhecer, poder conhecer, poder contemplar, poder como um todo. E os “subjugadores” são todos os que de alguma forma passaram para o lado de buscar produtos e não processos. São os adultos que deixaram de acreditar no processo, são as instituições que, com motivos enviesados e sem querer compreender e conhecer mais, preferem ditar caminhos a todos os que perderam a vontade intrínseca da criança buscadora de poder. É uma sociedade que, de forma inconsequente, chama de utópico à perfeição, à realidade de todos determos o poder.

Isso é muito bonito num mundo de utopia dirá a maioria…lá está, os tais “subjugadores” não querem permitir que se volte a sonhar e se procure o real poder, que se volte a ser criança.

resposta:

Não será o produto importante, quando revela a qualidade do processo, como ponto de partida, indutor de novos processos? Aqueles onde vai residindo a proximidade da perfeição?

a construção do conhecimento tem muito de procura da identidade pessoal e do mundo! é na procura, no questionamento sincero com disponibilidade para o encontro da resposta, que não é apenas a que corresponde aos Pré - Conceitos, que nos poderemos aproximar da perfeição...se é que isto tem de ser um objectivo último...não sei o que seria se a alcançássemos e tivéssemos essa consciência...

Anaxágoras: - "O homem é a medida das coisas". O mundo, só o compreendemos, só o podemos representar, humanamente. Dentro do erro subjectivista, esconde-se uma verdade: no mistério do eu centralizam-se todos os mistérios e sem um esforço de compreensão do nosso mundo interior, vã é toda a tentativa de explicação total da realidade"...parece-me que este pensamento se pode relacionar com os "subjugadores". Estes têm o poder camaleão, o poder que mascara o desconhecimento e a falta de vontade para tal do mistério do eu. Quando não se tem este conhecimento, o caminho mais fácil (e viciante) não será o domínio do outro?

Seremos bons coordenadores/líderes/capitães (faremos bom exercício do poder) quando conhecermos a realidade sobre a qual detemos a função. De acordo com Anaxágoras, tal conhecimento fica limitado aos limites do poderoso (que se revela pseudo). A meu ver tal acontece quando poder é causa DA vida e não consequência NA vida. Sim, é nisto em que acredito.

Ter poder é bom para os outros, para o mundo (vivo e não vivo, se é que este último existe) quando tal resulta de uma intensa vida humilde, com a consciência, ou pelo menos incessante busca dela, que o que somos é também produto do que vimos - com a subjectividade dos nossos sentidos - com erros e arrependimentos, pedidos de desculpa, inquietações, sonhos re-sonhados e projectos utópicos vistos de forma positiva - que ainda não foram realizados - sobre os quais se fará o caminho, tentando-nos à vivência do processo, que temos associado à perfeição.

mais perguntas levantadas para quem quiser fazer conversa de email/blog...procuram-se buscadores de respostas com tempo disponível para pensar e dele tirar gozo e proveito...


este tópico, por motivos óbvios, estará em constante modificação e sempre que os autores acharem pertinente...ou interessante.
Isto de procurar a perfeição tem muito que se lhe diga :)

(Lestat e Elsa)

12/02/2009

Para pensar...se não doer muito!

"Logo que, numa inovação, nos mostram alguma coisa de antigo, ficamos sossegados."

Friedrich Nietzsche


empreender mudanças sem manter "pontes" com o que esteve predisposto, tem muito que se lhe diga. No entanto, levar essa necessidade a transformar-se em aversão à mudança...

03/02/2009

um mundo cada vez mais "pobre"...




"Hans Beck, o criador dos Playmobil, morreu na sexta-feira aos 79 anos, (...)." in Público

Se há brinquedo que tenho a certeza me ajudou a crescer e ser quem sou, é este.
A par com a LEGO, a PLAYMOBIL ajudou-me a criar imaginários, a desenvolver mundos e a criar personagens que em mim se foram recriando e mais tarde transformando em perfil psicológico...longe de mim tentar imaginar a minha infância sem a presença de tão fantásticos companheiros de aventuras. Mais longe vou...até que ponto este tipo de brinquedos e outros semelhantes fazem tanta falta a uma sociedade pobre (podre) em valores? Quem sabe um dia, tenhamos algum discernimento para reflectir sobre estas questões, com uma vontade real para tentar mudar algumas "coisitas", fundamentais...enfim!
Pena tenho, que aos pequenitos de hoje, a esmagadora maioria dos pais não dê a oportunidade de experimentarem a alegria de brincar e criar com este tipo de brinquedos...sim são brinquedos, e que belos são! Hans Beck, obrigado por toda a tua genialidade. A criança que ainda há em mim, deve-se também a ti e a tudo o que criaste...

Decididamente o mundo está mais "pobre"...é que nem só de dinheiro vive uma sociedade!

29/01/2009

Para reflectir

"Qualquer pessoa minimamente inteligente consegue tornar as coisas maiores, mais complexas e violentas. Mas é preciso um toque de génio - e muita coragem - para fazer o caminho contrário."

Albert Einstein

02/01/2009

mensagens de (d)esperança?!?!

pobre coitado...mal nasceu e já está condenado ao fracasso! mas há esperança...
pobre de ti, que trazes desgraças, tal demónio poderoso que vem castigar sem dó nem piedade! mas tenham esperança...
pobre 2009...
não queria estar na tua pele quando te pedirem satisfações pelos erros dos homens...mas haja esperança!!!

(ode à comunicação social dos 1º dias que vaticinam o nosso destino...é preciso ser poderoso para adivinhar o futuro, não??)

31/12/2008

Bom ano a todos...



“Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”


Luís de Camões




03/12/2008

hoje senti-me assim...


"Cuts you up"

I find you in the morning
After dreams of distant signs
You pour yourself over me
Like the sun through the blinds
You lift me up
And get me out
Keep me walking
But never shout
Hold the secret close
I hear you say

You know the way
It throws about
It takes you in
And spits you out
It spits you out
When you desire
To conquer it
To feel you're higher
To follow it
You must be clean
With mistakes
That you do mean
Move the heart
Switch the pace
Look for what seems out of place

On and on it goes
Calling like a distant wind
Through the zero hour we'll walk
Cut the thick and break the thin
No sound to break no moment clear
When all the doubts are crystal clear
Crashing hard into the secret wind

You know the way
It twists and turns
Changing colour
Spinning yarns
You know the way
It leaves you dry
It cuts you up
It takes you high
You know the way
It's painted gold
Is it honey
Is it gold
You know the way
It throws about
It takes you in
And spits you out
You know the way
It throws about
It takes you in
And spits you out
It spits you out
When you desire
To conquer it
To feel you're higher
To follow it
You must be clean
With mistakes
That you do mean
Move the heart
Switch the pace
Look for what
Seems out of place

It's o.k.
It goes this way
The line is thin
It twists away
Cuts you up
It throws about
Keep me walking
But never shout.

de um grande senhor (Peter Murphy)

Estive a tocá-la para recordar...faz doer os dedos mas sabe bem...

26/11/2008

capitão romance

1,2,3

Nao vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto nao voltar

Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueco tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer

Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim nao toquei nem nada
Do que em mim tocou

Eu vi,mas nao agarrei
Eu vi,mas nao agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir

E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz

Eu vi,mas nao agarrei
Eu vi,mas nao agarrei

Eu vi,mas nao agarrei
Eu vi,mas nao agarrei

Ornatos Violeta

18/09/2008

tão pouco... não ser indiferente

pedras sujas por esse chão, relembram
caminhos sombrios traçados e caminhados
nas bestas que se elevam,
e onde mil trompetas tocam a sorte,
que não é mais que o torpor da mente,
e a vil vontade de se ser sem fazer, ou sem doer...
ser indiferente!
mil trompetas tocam
e levam-nos por ali... acorrentados!
amordaçado e de olhos vendados...
seria esse o tratado! Indiferente...

mas voltei às pedras sujas do chão...
corri sobre elas, arrastado pelo trovão
e mil trompetas tocam novamente,
e sangram os ouvidos por não querer ouvir
e sangram a mente por não ceder, às bestas,
que agora ao longe se detêm, derrotadas
pois a sorte já não soma a tão esperada...indiferença.

agora se sou é por fazer, apesar de doer...
e já não olho as pedras sujas da calçada,
erguendo os olhos às nuvens.

ao fundo já se ouvem as harpas...

Será que a nossa ascendência é italiana?

Vejam este link e comentem, pois para mim "no comments"...

http://tcc.itc.it/people/rocchi/fun/europe.html

Agora digam lá se não tenho razão para tal questão do título, tal é a similariedade com os nossos magnânimos costumes?

Cumps

02/09/2008

temos de ser...

temos de ser tolos e saltar dois metros de altura comendo laranjas,

temos de contornar passeios ao contrário, de verter água por copos furados,

tudo menos andar de olhos fechados, com futuros inacabados;

temos de correr de costas e de costas olhar o chão,

pois o céu é azul, não fosse estarmos no verão...

29/08/2008

e se faltar?

Faltam-me ecos…nos becos!
Faltam-me gritos…um dia foram bonitos!
Faltam-me braços…que a um mundo se agarrem!
Faltam-me pernas…que de andar já estou gasto!
Faltam-me ideias…tantas cores a trazer dissabores!
Mas palavras nunca me faltam…pois com elas reponho a ordem!

blá blá blá...

blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá...

este murmurinho banal
que se encontra por aí e tal
cansa-me!

blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá...

tudo é tão superficial
vago como este verão...
aborrece-me!

blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá...

será que somos assim tão poucos,
que aos olhos dos outros, seremos apenas loucos?

blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá...

virei-lhes as costas e fugi do vento...
por muito que me tente, faz doer a mente...
e isto é demente, somente...

blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá...

23/05/2008

03/05/2008

pensamento do dia...

Perguntaram ao Dalai Lama:

“O que mais o surpreende na Humanidade?”


Ele respondeu:

“Os homens…porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.


E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer…e morrem como se nunca tivessem vivido.”


28/04/2008

uma semente...



Se houvesse uma semente

Que eu pudesse semear

Eu fazia um canteiro

No melhor do meu jardim

Protegia-o da geada

Dava-lhe o sol a beijar

Tratava do meu canteiro

Como se fosse de mim

E se a flor tivesse as cores

E os reflexos da tua voz

Se tivesse o mesmo cheiro

E o porte que já te vi

Acreditas que eu teria

Plantada no meu jardim

Pintada na minha alma

Se não te posso ter-te a ti

Se houvesse uma semente

Que eu pudesse semear

Eu fazia um canteiro

No melhor do meu jardim

Protegia-o da geada

Dava-lhe o sol a beijar

Tratava do meu canteiro

Como se fosse de mim

E se a flor tivesse as cores

E os reflexos da tua voz

Se tivesse o mesmo cheiro

E o porte que já te vi

Acreditas que eu teria

Plantada no meu jardim

Pintada na minha alma

Se não te posso ter-te a ti


Uma semente, Luis Portugal

pé ante pé

pé ante pé...
silêncio...ninguém pode ouvir...
estou lá para te lembrar(!!),
mas tenho de ser rápido.
o tempo urge e eu não o posso criar.
mas de saudades também não hei-de morrer.
aqui fica a pista para nos entreter
e de alguma forma reviver
o jogo que é fogo e que faz renascer...

24/03/2008

...e na explanada parei, e apreciei...

parado...
sentido...
por ti tocado!
enfim, sentir
o sabor da alegria
de sempre sabermos!
palavras minhas são curtas...
tamanho é o movimento que desencadeias

http://aexplanada.blogs.sapo.pt/26475.html

O (meu) poema do Homem só (Cartas a um Desconhecido II)

Um Homem sozinho
Caminha sem rumo…
Ele é sonho e esperança…
Desespero e solidão…
O Homem sozinho…
Caminha…
Em busca do segredo da vida
Do caminho do Universo…
Do regaço… do aconchego…
O Homem…
Sozinho…
Caminha…
Atravessa sombras, derruba fantasmas…
Procura o início eterno… onde tudo é luz e etéreo…
Um Homem sozinho
Caminha sem rumo…
Conquista sonhos, perde-se em encruzilhadas…
Reencontra-se… volta a perder-se…
No rumo do Caminho, o Homem…
Sabe…
Que o sonho faz parte do Caminho…
… E que não está sozinho…!!!

Tartaruga

02/02/2008

teia

teço na teia
tecendo uma ideia
sonhando lentamente...
ao longe na areia,
uma imagem que semeia,
uma ilusão que se desencadeia
num turbilhão em apneia!
mas foi sem eira nem beira
que corri pela aldeia
direitinho à minha esteira
para poder desenhar com cuidado
no meu caderno avermelhado,
aquela simples ideia...
que teci na minha teia...

16/01/2008

somente sinto...

plim...plim...
a goteira não esquece...
lá fora o vento uiva, qual filme de terror
e as sombras permanecem,
muitas vezes escondidas em nós.
percorro com a mente o caminho
e arrepio a história,
por vezes sem glória,
mas que nos identifica na memória.
parei algures, por sentir imenso prazer
mas não identifico, somente sinto...
esta imensa caminhada
dá-nos sono, e vontade de ficar
parados num banco de jardim
mas não será uma antecipação do fim?!?!
como no filme de terror?...

21/12/2007

Boas Festas...

gothikingdoom...



...e uma viagem recomeça!

cuidado com os fantasmas do passado,

pois pesadas correntes arrastam...

a noite eterna tomou posse

e durante algum tempo a eternidade será sombria.

obscura é a viagem pelos vales do medo.

e os nossos pensamentos unem-se para expiar a culpa,

sempre negando qualquer envolvimento

nesse criminoso acto de decapitação dos sentidos,

que aturdidos, sucumbiram esquecidos.

os dias de tempestade agradam aos demónios,

que dançam frenéticos, sem pena de nós,

pobres almas retorcidas pela dor de nunca esquecer.

cuidado com os fantasmas do passado,

pois pesadas correntes arrastam...

14/12/2007

Leonardo Da Vinci

Há muito tempo que não tinha oportunidade de visitar algo tão grandioso.

A exposição é simplesmente fantástica e os modelos à escala das máquinas, muitas das quais interactivas, são com toda a certeza um par de horas muito bem passadas.


http://www.leonardodavinciogenio.com/site.htm

Por isso, se gostam de exposições onde se pode aprender bastante, não percam esta magnífica homenagem a um dos mais importantes símbolos da Humanidade, O Homem Universal, Leonardo Da Vinci.
Homem de Vitrúvio

01/12/2007

na loucura (de um passado...)

vou montando peça-a-peça
uma história,
que começa em algum lugar...distante!
vou sentindo esta viagem.
uma ponte que atravesso
uma alameda que percorro...
(e fujo da dor)
para me encontrar,
na loucura... deste lugar!
vou descendo a mesma rua,
que conheço, e
sabendo que perdura
este meu lutar.
na angústia dos sentidos
vou correndo já perdido,
(e fujo da dor)
do sentido de viver, talvez do gritar!
uma estrada que atravesso,
uma viela que percorro...
Para desejar entrar
Na loucura desse olhar!
Na loucura ... desse amar!

não sei...(já lá vai muito tempo)

Não sei porque vou em busca dessa luz,
que só eu vi!
Chamou-me a atenção...
e parei para olhar!


O tempo que passou,
eu não o vi.
Faltou-me a razão...

Não posso pensar que sei,
tudo da vida em volta.
Não posso pensar que vou,
abrir a última porta...

Talvez não houvesse
a simples razão de te ouvir...
Tentaste alcançar-me!


Eu...faltei ao tratado.
Talvez já cansado de fugir.
Olhei-te em vão...