29/06/2013

na cidade


gosto de passear na cidade.
observar cada detalhe,
pormenor delicado,
produtos de cada
sombra de nós.
em cada recorte,
uma memória,
de ontem, de amanhã.
sementes de segredos
bem guardados e
edificados
nas ruas da cidade...
onde gosto de passear!

26/06/2013

suficientemente escasso...


existir é suficientemente escasso.
para além do visível 
há o invisível,
aquilo que nos move,
por vezes demove.
aquilo que parecemos,
afinal não somos... ou,
somos parte e a outra
cicatrizes do existir...escasso?!
tem de haver mais.
a procura de quem,
ou do que reflete,
perfeitamente (?!)
quem somos,
o que somos,
como podemos ser!
o "homem não é uma ilha",
apesar de uma ilha
poder ser um mundo!!!


23/06/2013

vazio do tempo

é no vazio do tempo,
em que há mais tempo,
para sem usar a razão
me centrar no coração...

houvesse um botão,
um lugar longe do tempo,
e talvez fizesse reset
à razão e me ficasse...
somente...com o coração!


que mais?!


22/06/2013

caminhos...

caminhos paralelos...
outro eu que trilha
outros caminhos!?
de tempos a tempos
penso em mim
olho-me no espelho
vejo os meus olhos
terão sido sempre
assim?!
não me recordo deles
antes...
talvez por não olhar
para eles o quanto devia
janelas interrompidas
por luzes que me levam
a desviar o olhar!

20/06/2013

última fronteira

Amor...a última fronteira!
da descrença nasce a prova incontornável,
irrefutável,
belo, admirável,
e acima de tudo
a capacidade de nos
levar num sonhar, verdadeiro...
sim...ja posso partir em paz,
pois vi, senti e conheci
o amor, a ultima fronteira...

19/06/2013

na areia

forcei-me a rir
de alturas finitas.
deitei-me no chão
senti o meu ser

doces palavras
trocadas por fora
cruzadas por dentro
de forças teimosas

forcei-me a ler
teu livro em branco
molhado de sal
na areia deitado

quem sabe?

no circo da redoma
encontrei-te deitada
nas rugas.
plantei árvores nos
teus olhos,
e já não sei que te chamar
já não sei que te chamar...

no palácio da semana
descobri-te deitada
na bruma.
plantei fogo
nos teus lábios
e já não sei como te olhar
já não sei que te chamar...

18/06/2013

eternas

eternas são as flores,
na primavera,
assim como o azul,
no verão!
eternas as princesas,
mares e castelos!
eternas as estrelas,
as que estão e as
que foram,
fora de tempo,
no tempo!
eternas as que virão...
eternos os sentires, sabores,
sons em desalinho, da vida
que afinal são alguns dias,
uns para errar e
outros para aprender
a viver com eles...

14/06/2013

14...



por momentos...
poderia ser mais
poderia ir mais longe.
poderia ser tudo,
e do nada criar o mundo
o universo que girasse ao
som de músicas de pianos e violinos...
por momentos...
mais longos, mais curtos...
coisas que se aprenderam...
sentimentos que afinal existem,
para sempre...de quem acredita!

07/06/2013

o vento...



estes ventos frios de verão
lembram escarpas,
de passados quebrados.
ventos que tecem segredos,
em cada alma,
regurgitando sofrimento
no corpo, já por si
cansado de si.
relembram sonhos,
de conto de contar.
estes ventos gélidos,
trazem à mente,
que se mente,
que a vida é um sopro...
um sopro que cria o vento...

02/06/2013

parece domingo



hoje pareceu novamente domingo,
ao fim de tarde, sol no horizonte!
carros que deslizam, em parcimónia,
destinos marcados,
dentro pessoas cruzadas,
pela vida, pelo vento suave
que percorre a avenida!
recordo o antes,
tempo de outras viagens...
uma pequena caixa,
repleta de sonhos,
cores, loucuras, sorrisos...
era minha, mas também tua...!!!
parece domingo,
pensamento que vagueia
no espaço e no tempo...
o sol já se pôs...