16/05/2012

misery


Lust, dust and pain,
Sad eyes facing me, teasing me, and terrifying my senses…
Take my thoughts, and drop them into the ocean
There’s nothing left but the colors we set

Slowly became dust, so much misery
Slowly became dust, so much misery

Taste all the rain,
Wet eyes are searching me, closing in, and even crying for changes
Take my doubts, and drop them into the ocean
There’s nothing left but the lovers we feed

(long time ago...)

08/05/2012

último dia

Último foi o dia em que deixámos de nos interessar pelo outro...em que deixámos de querer saber como pensa, como sente, como ama ou como se organiza perante os desafios triviais da vida, do dia-a-dia. Quando nos esquecemos que, mais que uma multiplicidade de seres em comunidade, somos ainda únicos, definidos e genuinamente parte integrante de um todo, seja ele sofisticado ou ainda na base da própria existência. Não foi quando decidimos ser individuais, pois isso é definição simplista e impossível de aceitar, tal como o pensar cada uma das nossas células como estruturas independentes umas das outras. Último foi o dia em que aceitámos alegremente ser números e educámos os nossos filhos também a sê-lo. Números, ou pequenas "rodas dentadas", em mais ou menos "harmonia", estéril de sonhos, de imaginação, com os restantes indivíduos da já cada vez menos incrível Humanidade. De nada vale olhar a história, ou pensar o futuro olhando somente para o coletivo-número, esquecendo a "seiva" que devia vigorar: o genuíno interesse pelo outro, não como número, mas como pessoa, que ama, que pensa, que sofre e que nada mais quer do que sorrir ao sol e esperar que também a chuva lhe traga felicidade. Tudo o resto é trivial...último foi esse dia, e já se passou demasiado tempo num rumo sem futuro.