08/03/2007

de madrugada

cansado...
deitado, olhando o rasto,
pensando de arrasto...

a alma vazia,
como que trazia
colado no corpo
o sentido do nada...

perdi-me no espaço,
vazio, inócuo, suave...
talvez doce, travo ainda amargo.
rodopio em busca
de uma desculpa acústica.
errante memória,
agreste derrota,
as voltas da história.

e ainda cansado,
mas agora sentado,
de olhar prostrado
no rosto do espelho, que não mente,
suavemente acorda
e recorda
a sorte de outrora
que agora envelhece
e nada tece...no tempo.

novamente deitado,
olhando o rasto
pensando de arrasto...
adormece de madrugada
que outrora fora, desenfreada...

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