12/07/2009

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De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

(vinicius de moraes "soneto da separação")

2 comentários:

Elsa Gonçalves Francisco disse...

Música Bonita!

revela dinâmica; manifesta sentires; mostra imprevisibilidade; impõe caminhos que custarão a qualquer um trilhar;

música que se quer sentida mas muito pouco vivida!

bjinho*

sonjita disse...

Bonito.... mas triste...