25/04/2011

Tomei a liberdade...

Trinta e sete anos volvidos e a liberdade de expressão só se limita à liberdade de falar, pois, quando toca a denunciar e discutir as injustiças, fraudes, atentados à moral e dignidade humanas, sobretudo quando promovidas pelas entidades patronais ou soberanas e de interesses particulares, vemos a liberdade de expressão perdida no anonimato.

Quase quatro décadas volvidas e julgamos que a liberdade de expressão nos dá direito de fazer uso da palavra com quaisquer fins, sejam eles de elevada moralidade, seja para escarnecer, ofender e denegrir a imagem de terceiros.

Mais de um quarto de século depois e ainda se julga que liberdade nos concede o direito a fazer tudo o quanto se pretenda, mesmo quando interfira com a liberdade física e moral assim como dos deveres cívicos de terceiros.

Tanto se passou desde a revolução de 25 de Abril e parece-me que a maior lição que daí devemos retirar é que ainda se encontra longe de ter sido concluída, pois se não cultivarmos a liberdade, a verdadeira liberdade, educando e ajudando os nossos jovens a desenvolver um sentido crítico, cívico e moral apontando para todo um futuro incerto e de desafios, facilmente nos manteremos numa liberdade efémera e camuflada pelas letras dos mais sinuosos defensores de regimes nada humanitários e rapidamente voltaremos a novas formas ditatoriais.

Pensar no 25 de Abril é abrir a mente e olhar bem mais longe que musicas revolucionárias e camaradas de armas em luta por melhores condições de vida, é pensar na evolução que cada indivíduo deve efectuar em si e para o bem de todo um país para vingar o futuro. É reflectir sobre cada minuto, cada dia e cada obrigação para com a existência de uma comunidade, de uma nação. É reflectir sobre cada acto, prevendo cada consequência que ocorrerá no futuro. É voa mais alto sim, mas com a consciência que só voaremos agarrados uns aos outros, nunca deixando ninguém para trás...



Viva o 25 de Abril!

Viva a liberdade!

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