13/02/2009

conversas de email...


(...)
acerca da capacidade que a Natureza têm em mostrar equilíbrio nas suas manifestações e nos seus múltiplos sentidos...

Quando é que vamos aprender com a Natureza, afinal?

resposta:

pergunta difícil!!!
quando deixarmos de ter necessidade de poder?

pergunta:

Bela resposta...mas ajuda-me a levantar outra pergunta: até que ponto o poder nos ajuda a perceber as nossas limitações?

resposta:

Quando o poder não é proporcional às nossas capacidades, não ajuda... pelo contrário cega-nos pelo orgulho dele; por outro lado, também nos pode atrofiar, pelo peso que não conseguimos carregar... É deste poder que a maioria das pessoas vive. É por este poder que a maioria das pessoas luta. É este poder que nos torna irracionais, angustiados, infelizes e sem a capacidade de discernir acerca do essencial e do acessório.

Quando o poder corresponde Às competências que temos e se os valores que nos orientam estiverem relacionados com o bem comum e com alguma capacidade de antever ( o que exige já algum auto conhecimento (será?)), ai à partida o poder que é consequência do conhecimento das nossas limitações (pois só assim faremos bom uso dele) pode ajudar-nos a compreender as dos nossos semelhantes e a orientar-nos na tomada de decisões que impelirão seres humanos a ser menos animais que os animais.

Quando é que o poder nos ajuda a perceber as nossas limitações? Quando o temos ou estamos na eminência de o ter e contudo, sabemos não SER ou (estar capacitados) para corresponder àquilo que julgamos serem as expectativas que têm (aqui entra a questão da verdade e da verdade da verdade) para o nosso papel de poder.
Se tivermos a capacidade de auto-reflexão (na forma mais pura que ele possa existir - indo à essência do que nos julgamos ser), o poder (na medida em que nos possibilita a experiência (uma, seja ela qual for), dá-nos a possibilidade de nos reconhecermos (ou não), logo de compreendermos as nossas limitações.
Mas como esta característica de auto-análise (sem medo do que se encontra) não é comum a muitos humanos ou pelo menos não é comum à maioria, também o poder não dá a possibilidade de conhecer as limitações à minoria dos humanos que o têm.

resposta:

Sim... Então deixa-me contribuir para a tua ideia com algumas das minhas divagações…

Começo por dar aquilo que, depois de muito pensar, começo a definir como “poder”. Poder será pois a compreensão e conhecimento da perfeição. Perfeição que a maioria dirá ser utópico…mas será que é utópico? A nossa forma actual de ver o mundo e os sistemas, na grande generalidade, é observar os seus produtos finais sendo o “processo” ainda “marginalizado”.
Será que no processo não se encerra o segredo da perfeição? É que ao observarmos todo o processo de um sistema, por mais pequeno que seja, temos de ter em conta as suas perdas, que são simples buscas do equilíbrio para o sistema ser funcional e progredir.

Mas voltando ao poder, que nos trouxe aqui. Compreender e conhecer todo o processo de um sistema significa deter um grande poder, o poder de contemplar e aprender, sabendo que mesmo os erros fazem parte da perfeição; não fosse o construtivismo basear-se também na auto-construção, que implica sempre a tentativa e o erro aprendendo com estes últimos…
Posso dizer então, que por conhecer como funciona o meu corpo, na perfeição (apesar de ser uma procura constante), detenho um tremendo poder sobre mim mesmo, que de forma adequada podemos expandir ao "estar com os outros". Sei as minhas limitações, ou melhor, sei como tentar superá-las, e sei como tentar relacionar-me no meio onde me encontro. E este tentar, é a busca do tal poder, que de uma forma ou de outra já verificámos que é tão “simples” como “o” conhecimento.

Ampliando o conceito de poder…até onde pode ir este poder afinal? O infinito matemático é um limite imposto pela Natureza, e talvez aqui se compreenda que a detenção total do poder para nós, pequenos elementos de um pequeno microcosmos, esteja longe de ser alcançado. Mas não deixa de significar que todos os campos de actividade da existência, não sejamos prepotentes de achar que somos só nós seres humanos a existir, detêm poder.

Agora existe uma outra face do poder. O “como usá-lo?”

Como vimos anteriormente, a procura incessante do conhecimento e da compreensão de tudo o que nos rodeia é de um poder ilimitado. Sabemos que a obtenção desse poder ou dessa capacidade de busca, relativiza o poder individual dos seres humanos. Esta busca é como procurar o ar sem o podermos ver…sabemos que existe, mas os nossos sentidos, de forma perfeita, obrigaram-nos a não conseguir vê-lo para desenvolvermos outra ferramenta, o cérebro, para o conseguir conhecer e compreender. Obtivemos então mais uma “fatia” de poder…

Mas e aquele “poder” que “manda” em nós e nos obriga sob coação? Ora bem, desde sempre que o desconhecimento era uma vantagem de subjugação para quem não o tinha ou ainda andava na sua demanda. Ou até mais “longe” ainda, quem consegue e conhece os melhores lugares de “alimentação” não revelando essa informação, na tentativa de prevalecer, tentará ter vantagem sobre terceiros, esquecendo-se que uma possível cooperação e conjugação de esforços possa gerar mais valias…
Torna-se assim fácil perceber, que com a relatividade de tempo e espaço definido por Einstein, estas questões de subjugação ainda estão a acontecer e afinal aconteceram há um “segundo” atrás e provavelmente continuaram a acontecer…

Apesar de tudo, também sabemos que o dito “poder” subjugante, que afinal é uma deturpação do verdadeiro poder, o conhecimento, não passa de uma farsa que controla maiorias. Mas, com o aumentar de conhecedores e “buscadores” de verdadeiro poder, estes “subjugadores” tiveram de amenizar as coisas, deixando que os “buscadores” criassem regras e ordem para que pudessem continuar nas suas buscas e não confrontassem os seus “subjugadores”; dessa forma os “subjugadores” ficam mais libertos para usarem a deturpação do verdadeiro poder, continuando a usufruir de “coisas”… coisas, que não são mais do que o produto dos sistemas que, como vimos no início, eram o motivo de chamarmos de utopia á perfeição. Ou seja, o “subjugadores” são menos poderosos do que aquilo que imaginam, pois continuam em busca de produtos, quando os verdadeiros poderosos, os “buscadores”, procuram o processo e dentro dele contemplando mesmo a perfeição da imperfeição (o ser humano liberta o que o intoxica, não por imperfeição…).

Resta afinal definir quem são os “buscadores” e quem são os “subjugadores”…

No meu ponto de vista, os maiores “buscadores” que podemos encaixar nestas ideias são as crianças e quem com elas pretende perceber e conhecer, poder conhecer, poder contemplar, poder como um todo. E os “subjugadores” são todos os que de alguma forma passaram para o lado de buscar produtos e não processos. São os adultos que deixaram de acreditar no processo, são as instituições que, com motivos enviesados e sem querer compreender e conhecer mais, preferem ditar caminhos a todos os que perderam a vontade intrínseca da criança buscadora de poder. É uma sociedade que, de forma inconsequente, chama de utópico à perfeição, à realidade de todos determos o poder.

Isso é muito bonito num mundo de utopia dirá a maioria…lá está, os tais “subjugadores” não querem permitir que se volte a sonhar e se procure o real poder, que se volte a ser criança.

resposta:

Não será o produto importante, quando revela a qualidade do processo, como ponto de partida, indutor de novos processos? Aqueles onde vai residindo a proximidade da perfeição?

a construção do conhecimento tem muito de procura da identidade pessoal e do mundo! é na procura, no questionamento sincero com disponibilidade para o encontro da resposta, que não é apenas a que corresponde aos Pré - Conceitos, que nos poderemos aproximar da perfeição...se é que isto tem de ser um objectivo último...não sei o que seria se a alcançássemos e tivéssemos essa consciência...

Anaxágoras: - "O homem é a medida das coisas". O mundo, só o compreendemos, só o podemos representar, humanamente. Dentro do erro subjectivista, esconde-se uma verdade: no mistério do eu centralizam-se todos os mistérios e sem um esforço de compreensão do nosso mundo interior, vã é toda a tentativa de explicação total da realidade"...parece-me que este pensamento se pode relacionar com os "subjugadores". Estes têm o poder camaleão, o poder que mascara o desconhecimento e a falta de vontade para tal do mistério do eu. Quando não se tem este conhecimento, o caminho mais fácil (e viciante) não será o domínio do outro?

Seremos bons coordenadores/líderes/capitães (faremos bom exercício do poder) quando conhecermos a realidade sobre a qual detemos a função. De acordo com Anaxágoras, tal conhecimento fica limitado aos limites do poderoso (que se revela pseudo). A meu ver tal acontece quando poder é causa DA vida e não consequência NA vida. Sim, é nisto em que acredito.

Ter poder é bom para os outros, para o mundo (vivo e não vivo, se é que este último existe) quando tal resulta de uma intensa vida humilde, com a consciência, ou pelo menos incessante busca dela, que o que somos é também produto do que vimos - com a subjectividade dos nossos sentidos - com erros e arrependimentos, pedidos de desculpa, inquietações, sonhos re-sonhados e projectos utópicos vistos de forma positiva - que ainda não foram realizados - sobre os quais se fará o caminho, tentando-nos à vivência do processo, que temos associado à perfeição.

mais perguntas levantadas para quem quiser fazer conversa de email/blog...procuram-se buscadores de respostas com tempo disponível para pensar e dele tirar gozo e proveito...


este tópico, por motivos óbvios, estará em constante modificação e sempre que os autores acharem pertinente...ou interessante.
Isto de procurar a perfeição tem muito que se lhe diga :)

(Lestat e Elsa)

12/02/2009

Para pensar...se não doer muito!

"Logo que, numa inovação, nos mostram alguma coisa de antigo, ficamos sossegados."

Friedrich Nietzsche


empreender mudanças sem manter "pontes" com o que esteve predisposto, tem muito que se lhe diga. No entanto, levar essa necessidade a transformar-se em aversão à mudança...

03/02/2009

um mundo cada vez mais "pobre"...




"Hans Beck, o criador dos Playmobil, morreu na sexta-feira aos 79 anos, (...)." in Público

Se há brinquedo que tenho a certeza me ajudou a crescer e ser quem sou, é este.
A par com a LEGO, a PLAYMOBIL ajudou-me a criar imaginários, a desenvolver mundos e a criar personagens que em mim se foram recriando e mais tarde transformando em perfil psicológico...longe de mim tentar imaginar a minha infância sem a presença de tão fantásticos companheiros de aventuras. Mais longe vou...até que ponto este tipo de brinquedos e outros semelhantes fazem tanta falta a uma sociedade pobre (podre) em valores? Quem sabe um dia, tenhamos algum discernimento para reflectir sobre estas questões, com uma vontade real para tentar mudar algumas "coisitas", fundamentais...enfim!
Pena tenho, que aos pequenitos de hoje, a esmagadora maioria dos pais não dê a oportunidade de experimentarem a alegria de brincar e criar com este tipo de brinquedos...sim são brinquedos, e que belos são! Hans Beck, obrigado por toda a tua genialidade. A criança que ainda há em mim, deve-se também a ti e a tudo o que criaste...

Decididamente o mundo está mais "pobre"...é que nem só de dinheiro vive uma sociedade!

29/01/2009

Para reflectir

"Qualquer pessoa minimamente inteligente consegue tornar as coisas maiores, mais complexas e violentas. Mas é preciso um toque de génio - e muita coragem - para fazer o caminho contrário."

Albert Einstein

02/01/2009

mensagens de (d)esperança?!?!

pobre coitado...mal nasceu e já está condenado ao fracasso! mas há esperança...
pobre de ti, que trazes desgraças, tal demónio poderoso que vem castigar sem dó nem piedade! mas tenham esperança...
pobre 2009...
não queria estar na tua pele quando te pedirem satisfações pelos erros dos homens...mas haja esperança!!!

(ode à comunicação social dos 1º dias que vaticinam o nosso destino...é preciso ser poderoso para adivinhar o futuro, não??)

31/12/2008

Bom ano a todos...



“Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos.”


Luís de Camões




03/12/2008

hoje senti-me assim...


"Cuts you up"

I find you in the morning
After dreams of distant signs
You pour yourself over me
Like the sun through the blinds
You lift me up
And get me out
Keep me walking
But never shout
Hold the secret close
I hear you say

You know the way
It throws about
It takes you in
And spits you out
It spits you out
When you desire
To conquer it
To feel you're higher
To follow it
You must be clean
With mistakes
That you do mean
Move the heart
Switch the pace
Look for what seems out of place

On and on it goes
Calling like a distant wind
Through the zero hour we'll walk
Cut the thick and break the thin
No sound to break no moment clear
When all the doubts are crystal clear
Crashing hard into the secret wind

You know the way
It twists and turns
Changing colour
Spinning yarns
You know the way
It leaves you dry
It cuts you up
It takes you high
You know the way
It's painted gold
Is it honey
Is it gold
You know the way
It throws about
It takes you in
And spits you out
You know the way
It throws about
It takes you in
And spits you out
It spits you out
When you desire
To conquer it
To feel you're higher
To follow it
You must be clean
With mistakes
That you do mean
Move the heart
Switch the pace
Look for what
Seems out of place

It's o.k.
It goes this way
The line is thin
It twists away
Cuts you up
It throws about
Keep me walking
But never shout.

de um grande senhor (Peter Murphy)

Estive a tocá-la para recordar...faz doer os dedos mas sabe bem...

26/11/2008

capitão romance

1,2,3

Nao vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto nao voltar

Parto rumo à Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueco tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu

Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer

Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim nao toquei nem nada
Do que em mim tocou

Eu vi,mas nao agarrei
Eu vi,mas nao agarrei

Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir

E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz

Eu vi,mas nao agarrei
Eu vi,mas nao agarrei

Eu vi,mas nao agarrei
Eu vi,mas nao agarrei

Ornatos Violeta

18/09/2008

tão pouco... não ser indiferente

pedras sujas por esse chão, relembram
caminhos sombrios traçados e caminhados
nas bestas que se elevam,
e onde mil trompetas tocam a sorte,
que não é mais que o torpor da mente,
e a vil vontade de se ser sem fazer, ou sem doer...
ser indiferente!
mil trompetas tocam
e levam-nos por ali... acorrentados!
amordaçado e de olhos vendados...
seria esse o tratado! Indiferente...

mas voltei às pedras sujas do chão...
corri sobre elas, arrastado pelo trovão
e mil trompetas tocam novamente,
e sangram os ouvidos por não querer ouvir
e sangram a mente por não ceder, às bestas,
que agora ao longe se detêm, derrotadas
pois a sorte já não soma a tão esperada...indiferença.

agora se sou é por fazer, apesar de doer...
e já não olho as pedras sujas da calçada,
erguendo os olhos às nuvens.

ao fundo já se ouvem as harpas...

Será que a nossa ascendência é italiana?

Vejam este link e comentem, pois para mim "no comments"...

http://tcc.itc.it/people/rocchi/fun/europe.html

Agora digam lá se não tenho razão para tal questão do título, tal é a similariedade com os nossos magnânimos costumes?

Cumps

02/09/2008

temos de ser...

temos de ser tolos e saltar dois metros de altura comendo laranjas,

temos de contornar passeios ao contrário, de verter água por copos furados,

tudo menos andar de olhos fechados, com futuros inacabados;

temos de correr de costas e de costas olhar o chão,

pois o céu é azul, não fosse estarmos no verão...

29/08/2008

e se faltar?

Faltam-me ecos…nos becos!
Faltam-me gritos…um dia foram bonitos!
Faltam-me braços…que a um mundo se agarrem!
Faltam-me pernas…que de andar já estou gasto!
Faltam-me ideias…tantas cores a trazer dissabores!
Mas palavras nunca me faltam…pois com elas reponho a ordem!

blá blá blá...

blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá...

este murmurinho banal
que se encontra por aí e tal
cansa-me!

blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá
blá blá blá...

tudo é tão superficial
vago como este verão...
aborrece-me!

blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá...

será que somos assim tão poucos,
que aos olhos dos outros, seremos apenas loucos?

blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá...

virei-lhes as costas e fugi do vento...
por muito que me tente, faz doer a mente...
e isto é demente, somente...

blá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá bláblá blá blá...

23/05/2008

03/05/2008

pensamento do dia...

Perguntaram ao Dalai Lama:

“O que mais o surpreende na Humanidade?”


Ele respondeu:

“Os homens…porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.


E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer…e morrem como se nunca tivessem vivido.”


28/04/2008

uma semente...



Se houvesse uma semente

Que eu pudesse semear

Eu fazia um canteiro

No melhor do meu jardim

Protegia-o da geada

Dava-lhe o sol a beijar

Tratava do meu canteiro

Como se fosse de mim

E se a flor tivesse as cores

E os reflexos da tua voz

Se tivesse o mesmo cheiro

E o porte que já te vi

Acreditas que eu teria

Plantada no meu jardim

Pintada na minha alma

Se não te posso ter-te a ti

Se houvesse uma semente

Que eu pudesse semear

Eu fazia um canteiro

No melhor do meu jardim

Protegia-o da geada

Dava-lhe o sol a beijar

Tratava do meu canteiro

Como se fosse de mim

E se a flor tivesse as cores

E os reflexos da tua voz

Se tivesse o mesmo cheiro

E o porte que já te vi

Acreditas que eu teria

Plantada no meu jardim

Pintada na minha alma

Se não te posso ter-te a ti


Uma semente, Luis Portugal

pé ante pé

pé ante pé...
silêncio...ninguém pode ouvir...
estou lá para te lembrar(!!),
mas tenho de ser rápido.
o tempo urge e eu não o posso criar.
mas de saudades também não hei-de morrer.
aqui fica a pista para nos entreter
e de alguma forma reviver
o jogo que é fogo e que faz renascer...

24/03/2008

...e na explanada parei, e apreciei...

parado...
sentido...
por ti tocado!
enfim, sentir
o sabor da alegria
de sempre sabermos!
palavras minhas são curtas...
tamanho é o movimento que desencadeias

http://aexplanada.blogs.sapo.pt/26475.html

O (meu) poema do Homem só (Cartas a um Desconhecido II)

Um Homem sozinho
Caminha sem rumo…
Ele é sonho e esperança…
Desespero e solidão…
O Homem sozinho…
Caminha…
Em busca do segredo da vida
Do caminho do Universo…
Do regaço… do aconchego…
O Homem…
Sozinho…
Caminha…
Atravessa sombras, derruba fantasmas…
Procura o início eterno… onde tudo é luz e etéreo…
Um Homem sozinho
Caminha sem rumo…
Conquista sonhos, perde-se em encruzilhadas…
Reencontra-se… volta a perder-se…
No rumo do Caminho, o Homem…
Sabe…
Que o sonho faz parte do Caminho…
… E que não está sozinho…!!!

Tartaruga

02/02/2008

teia

teço na teia
tecendo uma ideia
sonhando lentamente...
ao longe na areia,
uma imagem que semeia,
uma ilusão que se desencadeia
num turbilhão em apneia!
mas foi sem eira nem beira
que corri pela aldeia
direitinho à minha esteira
para poder desenhar com cuidado
no meu caderno avermelhado,
aquela simples ideia...
que teci na minha teia...

16/01/2008

somente sinto...

plim...plim...
a goteira não esquece...
lá fora o vento uiva, qual filme de terror
e as sombras permanecem,
muitas vezes escondidas em nós.
percorro com a mente o caminho
e arrepio a história,
por vezes sem glória,
mas que nos identifica na memória.
parei algures, por sentir imenso prazer
mas não identifico, somente sinto...
esta imensa caminhada
dá-nos sono, e vontade de ficar
parados num banco de jardim
mas não será uma antecipação do fim?!?!
como no filme de terror?...

21/12/2007

Boas Festas...

gothikingdoom...



...e uma viagem recomeça!

cuidado com os fantasmas do passado,

pois pesadas correntes arrastam...

a noite eterna tomou posse

e durante algum tempo a eternidade será sombria.

obscura é a viagem pelos vales do medo.

e os nossos pensamentos unem-se para expiar a culpa,

sempre negando qualquer envolvimento

nesse criminoso acto de decapitação dos sentidos,

que aturdidos, sucumbiram esquecidos.

os dias de tempestade agradam aos demónios,

que dançam frenéticos, sem pena de nós,

pobres almas retorcidas pela dor de nunca esquecer.

cuidado com os fantasmas do passado,

pois pesadas correntes arrastam...

14/12/2007

Leonardo Da Vinci

Há muito tempo que não tinha oportunidade de visitar algo tão grandioso.

A exposição é simplesmente fantástica e os modelos à escala das máquinas, muitas das quais interactivas, são com toda a certeza um par de horas muito bem passadas.


http://www.leonardodavinciogenio.com/site.htm

Por isso, se gostam de exposições onde se pode aprender bastante, não percam esta magnífica homenagem a um dos mais importantes símbolos da Humanidade, O Homem Universal, Leonardo Da Vinci.
Homem de Vitrúvio

01/12/2007

na loucura (de um passado...)

vou montando peça-a-peça
uma história,
que começa em algum lugar...distante!
vou sentindo esta viagem.
uma ponte que atravesso
uma alameda que percorro...
(e fujo da dor)
para me encontrar,
na loucura... deste lugar!
vou descendo a mesma rua,
que conheço, e
sabendo que perdura
este meu lutar.
na angústia dos sentidos
vou correndo já perdido,
(e fujo da dor)
do sentido de viver, talvez do gritar!
uma estrada que atravesso,
uma viela que percorro...
Para desejar entrar
Na loucura desse olhar!
Na loucura ... desse amar!

não sei...(já lá vai muito tempo)

Não sei porque vou em busca dessa luz,
que só eu vi!
Chamou-me a atenção...
e parei para olhar!


O tempo que passou,
eu não o vi.
Faltou-me a razão...

Não posso pensar que sei,
tudo da vida em volta.
Não posso pensar que vou,
abrir a última porta...

Talvez não houvesse
a simples razão de te ouvir...
Tentaste alcançar-me!


Eu...faltei ao tratado.
Talvez já cansado de fugir.
Olhei-te em vão...

16/11/2007

ser professor...

Assim como o poeta, o professor é um fingidor.
E finge junto do aluno que também nada sabe sobre o assunto,
E que ambos, em equipa, vão descobrir as respostas,
Que os ajudarão a descodificar o mapa do tesouro, que é o conhecimento…


"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Fernando Pessoa

05/11/2007

o maldito

maldito que nos projectas de alguma forma o futuro
maldito que nos guardas o passado
maldito que nos permites sentir o que existe para sentir
maldito que nos deixas muitas vezes entregues a nós próprios
maldito que nos aperfeiçoas as qualidades e defeitos
maldito que nos submetes aos teus preciosismos
maldito que nos enriqueces e ao mesmo tempo empobreces
maldito que nos amaldiçoas nas falhas
mas maldito que nos ajudas a superá-las
maldito por existires
e mais maldito ainda por não teres desistido de nós.
maldito que nos concedes a capacidade
de auto-conhecimento e consciência,
que um dia seremos malditos e sem puder retroceder...
maldita a nossa fonte de tudo o que possamos ser,
pois felizes os loucos que nada ou pouco compreendem,
desta maldição que é viver com a consciê
ncia da beleza, que um dia vai desaparecer...
maldito sejas pensamento!

19/10/2007

cacofonias sedentas...



palavras soltas que recordam
a vontade de um dia regressar.
voltar atrás e tudo negar...

às vezes o silêncio do olhar
sufoca-nos e empurra-nos
contra a nossa serena passagem...
por outro lado
a cacofonia de banais delírios,
sedentos,
que usam, abusam e recusam
deixar-nos sonhar
levam-nos a pensar em adiar
a vulgar questão de onde iremos parar...

27/08/2007

ideias para o infinito...

os sonhos são feitos de ideias...muitas vezes surgem de conversas de café, ou de jardim...e sempre com o infinito no horizonte!!!
no entanto, para que os sonhos se possam concretizar e de alguma forma perpectuar as ideias, é necessário que as conversas de café, ou de jardim, sejam também elas ciclicas e evolutivas...de outras forma, os sonhos não passarão disso mesmo, ideias que facilmente se esfumam no ar...

20/08/2007

tradições bárbaras...



mais uma vez descobri um vídeo que explica muito bem o que sinto em relação ao tema "touradas". por isso, desafio qualquer um a mostrar-me ou dizer-me algo que me faça mudar de opinião...é que há tradições e tradições. Clica na imagem...

18/08/2007

start again

I will start again, tonight
Walking through the path of light
Trust life, always trust life
I will start again, that’s for sure
Breaking the walls we build
There’s no regret in my eyes
Because I will start again, that’s for sure
I will start again for you

Forget all those masks you wear
All those painful days you left behind
Trust life, always trust life
Because I will play the game with my rules
I will start again for you
Just for you
Just for you
Just for you

15/08/2007

o salto

ao abrigo da noite,
lânguida rainha sem rosto,
procuro a resposta...
sereno, teço a teia
da forma que ansejo,
num escape de mim.
procuro na essência da escuridão secreta,
numa luz que me aperta o peito,
a terrível veia que me leva o sopro
de onde me escorrem as ideias,
por onde percorro caminhos,
por vezes abandonados por todos.
ávida busca de odores,
cores, sensações, ideias,
quimeras de sonho
que teço na teia...
desafio-me no salto, mas talvez seja
do lado de dentro, que encontre a chave
que me tranque lá fora, onde as ideias renascem,
numa clara dança de vitória...

12/08/2007

desfocado...

no preciso momento que nos dissociarmos dos nossos sentidos, falíveis por natureza, poderemos contemplar o que nos rodeia.

poderemos finalmente compreeder a fórmula que equaciona e relaciona o divisível e o indivisível, o positivo e o negativo, o escuro e a luz, o tempo, o espaço, a energia, a matéria e tudo o que ela não representa...
até lá, apreciemos o que a vasta ilusão nos concede...desfocado!

11/08/2007

sweet warm wind in a strangeday

sun, sun, sun...
burn, burn, burn...
holding images in our minds.
let's make it happen in those days,
'cause my eyes have seen you
sweet warm wind, in a strangeday

09/07/2007

maldita

dei um salto lá atrás!
já não sei como foi,
mas pedaços de mim
flutuam na mente.
fragmentos de sonhos
fragmentos de cores
mesclam com as luzes
de uma escura viela.
a lua crua e distante
sorri imponente.
é quente a noite!
ao longe vi o portão,
a longa caminhada...
ainda olhei para trás,
revisitando a razão,
mas passei a entrada.
vasculhei em volta, em busca
de rasgos de ideias, presos na teia...
maldita força que me empurra
maldita mente que me mente
maldita, maldita, maldita
que me desentende
e me leva em frente
a crescer, sem crer...

04/07/2007

ufaaa!! cheio de trabalho...



A verdade! A verdade é que estou atolado de trabalho e por isso pouco ou nada tenho feito no mundo dos blogues...mas breve,breve, estarei de volta para vos deixar, de uma forma ou outra, as minhas aventuras destes últimos dias. Até lá...mais trabalho. cya

21/06/2007

coisas e coisas




E coisas? Conta-me coisas...
bonitas e cheias de coisas,
daquelas boas,
que nos enchem os sonhos
com as coisas que sempre sonhámos.

Lembra-me coisas,
saberes e fazeres
que nunca esquecemos
quando fazemos estas coisas…

Se por cada coisa que eu sei
pudesse pedir uma coisas em troca…
teria montes de coisas e seria feliz…
no entanto de todas coisas que existem,
nada como a coisa que temos entre nós…


19/06/2007

rios da inocência


pelos rios da inocência
corri para salvar os sonhos
corri para levar os meus
para longe, bem longe, ao fundo...
- mata a culpa e renasce!

pelos rios da inocência
o sangue jorra e sacia
a sede das rosas perfumadas
aguenta e espera pela sorte...
- mata a culpa e renasce!

pelos rios da inocência
gritei de prazer no fim do dia
agonizei de dor na lembrança
ouvi a voz quente da esperança...
- já a matei...falta renascer!



"I am tired, I am weary

I could sleep for a thousand years

A thousand dreams that would awake me

Different colors made of tears"

Venus In Furs - The Velvet Underground & Nico

16/06/2007

barbárie animal

a sorte, está no jornal!
o roubo, pelos olhos dentro.
o crime, pela desonestidade e falta de valores.
a brutalidade, na acentuada diferença social,
motivação pela exorsão, currupção, abuso de poder.
poder do abuso, do tráfico,
da droga, armas, seres humanos,
desumanos...
a proliferação do mal estar em si e por si...
será que não te encontras, homem sem valor?
estás podre e atiras as culpas nos outros,
no poder, em quem puder...
será que o grito não esvazia o ódio?
constantes manifestações massivas de estupidez...
és pobre, de espírito e gostas,
és desumano e acreditas em ti,
és tudo o que de ti fizeram e tu deixaste.
vingando a tua desgraça na eterna volta,
sinopse constante em que antevês o próprio fim.
onde estão as festas e os festins,
o inicio da primavera,
do novo vinho e da esperança?
esperança...
irmã caida em desgraça, pela graça.
agora apenas festas perfumadas,
iluminadas, da nata da sociedade,
tosca e grotesca,
que caminha para o esquecimento brutal,
medieval,
unindo-se ao frio da barbárie animal
pelo alimento fundamental.
seja agora, hoje ou amanhã
a ruptura é o nosso quinhão.
parte cada vez maior do nosso tropego caminho.
há quem chame pessimismo,
demagogia individual, alarmismo capital.
mas pior cego é aquele que não quer ver
e para ver basta o jornal...

02/06/2007

passado e futuro...

O que é o futuro?
o que é o passado?
de que forma o podemos compreender?
e alterar?
sabes quem és?
sabes quem foste? para onde foste, ou entraste?
ou de que forma podes ser? talvez ter?
saber olhar, e esperar, pelo tempo, que acalma o vento...
saber ter a coragem de ver o passado, sentindo no presente a linguagem do futuro...
precisas de meditar, reflectir e talvez percebas o último segundo que acabas de passar...
começa hoje, pois amanhã já será difícil veres o ontem...
lembra-te e lê o que está escrito no vento, no céu de hoje, de ontem...pois quando deres por ti a espera é certa, do fim.

01/06/2007

Dia Mundial da Criança

Qual ouro, qual prata, dinheiro ou poder?
Que mais pode valer, que o sorriso de uma criança feliz, em que todo o mundo circundante converge na sua educação e felicidade?
Qual política, economia ou relações internacionais?
Que pode ser mais importante que a criança? O eu que um dia será um nós, numa sociedade que necessita cada vez mais do vigor e dinâmica que só as crianças nos sabem ensinar...
Que guerras, disputas, retaliações ou mal-entendidos?
Com essas, temos conseguido, lentamente, destruir o "better place" onde queremos que os nossos filhos cresçam...

Organizem pois o Dia Mundial da Criança todos os dias e verão que além de se esquecerem de todos os horrores e dissabores do dia-a-dia, o mundo será bem melhor...

28/05/2007

nós educadores


A nós, educadores, é-nos confiada a tarefa mais complexa de todas; apoiar os nossos filhos na construção do conhecimento e competências, que um dia levarão para os seus cargos e gabinetes, tentando melhorar a nossa/deles vida um pouco mais...

A complexidade, o cansaço, muitas vezes exaustão, a frustração, o não reconhecimento, são a outra face do prazer que é ver uma criança sorrir quando consegue ultrapassar as suas dificuldades apoiando em nós as suas vitórias.

O melhor que pudermos dar de nós é o melhor que poderemos fazer pelo futuro delas (crianças) e nada mais desgostoso é, do que abandonarmos por instantes o nosso posto e vermos que já perdemos a hipótese de dar o nosso valioso contributo.

Por isso a necessidade de estarmos um passo à frente de nós próprios, aprendermos dia após dia, investigando, estudando, nunca esquecendo que tudo o que sabemos pode não ser suficiente e que temos de continuar a procurar e a investigar.

Dessa forma e sempre com os olhos postos no futuro, a tarefa que nos foi confiada estará certamente bem entregue...por isso a todos os professores e educadores, obrigado pela vossa/nossa dedicação, uma vez que nem sempre alguém nos agradece...



27/05/2007

sou apenas uma criança




"...sou apenas uma criança mas sei que..."



Clica na imagem >>>



Sem comentários possíveis, pois é para todos nós, culpados, o discurso...

25/05/2007

pensamentos...


Os preguiçosos estão sempre a falar do que tencionam fazer, do que hão-de realizar; aqueles que verdadeiramente fazem alguma coisa não têm tempo de falar nem sequer do que fazem.

(Goethe)



Os pensamentos e frases ditas, muitas vezes à centenas de anos, são cada vez mais significativas para os dias de hoje...pena é que as pessoas já nem reflictam nelas e menos ainda se revejam nelas. Julgam-se muito superiores ou que estas não lhes dizem respeito, quando muitas vezes afinal, nem sequer as compreendem.
...a humildade e a perserverança na vida há muito se perdeu...e com ela a esperança na Humanidade, pelo menos naquela que se julga muito civilizada...e é incrível constatar que afinal "vozes de burro" conseguem chegar ao céu... por isso mesmo"Gostaria de viver num país civilizado sem sair de Portugal".

24/05/2007

quero...


quero ser, quero ter, quero fazer
o que ninguém consegue ouvir
quero ver, também construir, talvez planear
o que ninguém poderá conquistar

quero sentir, fazendo girar
um tumulto de ideias
que me façam lutar

quero erguer, pintar e acabar
com a chuva do Inverno
e ter o sol a brilhar

no fim do dia sussurrar
que um novo dia virá
em que terei de ser, tentando ter,
o que quero fazer para que ninguém possa olvidar…


18/05/2007

Obrigado...




A educação faz com que as pessoas sejam fáceis de guiar, mas difíceis de arrastar; fáceis de governar, mas impossíveis de escravizar.
(Henry Peter)
imagem adaptada

que comentários podem tecer a esta frase? Como a podem enquadrar no ponto de vista do nosso país? O que mudariam na frase? E no nosso país?

Será que alguém estaria interessado em responder a estas questões? Provavelmente a resposta, - Falta-me tempo para andar aqui de volta de comentários!, seria mais honesta se fosse antes, - Não costumo perder muito tempo a pensar nessas coisas, isso é para quem não tem mais nada que fazer...!!!!

A educação, o maior pilar de qualquer sociedade moderna e civilizada está moribunda no nosso país. E quando o digo não falo do sistema de ensino, ou das politicas de ensino. Falo da boa educação que se deveria transmitir às crianças em casa (e pelos vistos, adultos também). Essa é que, avaliando pelo que se vai vendo aí pelas nossas gentes, está a dar os últimos suspiros. Vive-se a famosa e tão badalada liberdade, conquistada a custo à 33 anos...aquela em que podemos, quando queremos e sem que alguém tenha direito de nos tirar (!!!!).

Esta liberdade tomou o lugar da educação, tornando esta demasiado démodé. Ser educado na rua já não tem piada, agora temos de ser porcos e maus para mostar, a quem quiser implicar, que somos livres e que isso nos dá tudo na vida, além de que dá um estilo formidável que a boa educação antes "abichanava". Enfim...

Hoje na escola, após o pedido de ajuda de uma criança em relação a uma dúvida que tinha e de eu ter dado a minha opinião, esta disse: - Obrigado, Professor! Ao que respondi, - De nada, bom trabalho!

Guardei este pedacinho de diálogo porque, se as coisas continuarem assim, vai valer muito dinheiro, ai isso é que vai...


Já agora fica também este magnífico vídeo para verem e reflectirem

12/05/2007

a máscara

Cada um de nós tem a sua máscara...pode ou não ser fiel à sua alma, mas tem. E é com ela que nos apresentamos ao mundo, aos outros. De outra forma nunca passaremos de números, ou palavras, ou gifs mais ou menos animados, que por vergonha de nós próprios, medo de nos próprios, ou medo dos outros, decidimos que substituiria a nossa máscara.

Já devem ter percebido que máscara é o mesmo que face ou cara ou mesmo corpo...como para os religiosos compulsivos, o corpo é efémero, assim como para os cientistas o corpo é uma conjunção de átomos de vários elementos diferenciados ("tadinhos", ainda não perceberam que falam do mesmo em linguagens diferentes), qual o medo de mostrar a cara/máscara afinal?
Se todos fossemos iguais seria como um código binário ainda mais simples, só 1...que seca seria, além de que a sobrevivência estaria definitivamente comprometida...

Todas estas questões, medos, receios sociais, são simples criações da sociedade, do homem...o medo de não corresponder aos outros, o medo da nossa beleza não estar incluída nos padrões dos outros...mas a realidade é que não podemos ser números, ou palavras, ou gifs mais ou menos animados para sempre, só no espaço virtual que é a web. E o problema é que a web não chora quando esta triste, ou ri quando contente, ou ama, odeia, ou outro sentimento qualquer...é assim, não nos responde, não reage, e é estática, fria… e quem é que consegue viver somente a olhar para um monitor sem ver pelo menos as máscaras dos que estão do outro lado, no outro monitor?? Rapidamente desenvolveria psicoses com direito a filme de hollywood uns anos mais tarde.

Há quem defenda que um dia seremos isso mesmo, imagens virtuais ou simplesmente informação, numa poderosa e gigantesca base de dados, arrumados numa virtual sociedade, onde virtualmente e por códigos virtuais perpectuaremos as nossas máscaras...

Até lá teremos então de viver com quem cria e viaja pela web, e para isso precisamos da nossa máscara…pelo menos quando alguém nos grita ao fundo do corredor e diz: “almoço!

01/05/2007

metamorfose...


...para começar a metamorfose.

a herança do passado é pesada,

cria imagens que lentamente

corrompem a existência...


a máscara já é justa e estica dia após dia,

para breve a mudança de pele...

indolor, sentida, necessária...


queiram os deuses que a metamorfose

não crie monstros...

esses trarão os dissabores e o fim...



felizes dos fortes e intocáveis,

pobres dos transgressores e delicados!

que se inicie a metamorfose...

02/04/2007

siamese dream

eu, ele...
nós, dois...ou mais???
siameses ligados pelo tempo...
pelo espaço...
pela vida.
tua, minha, nossa.
surreal, como qualquer quadro (quase) ideal.
perguntaste-me pelo tempo, e dele nada sei...
talvez no cordão que nos une,
umbilical, visceral,
no entanto intemporal,
se encontrem respostas...

sevenstrangedays


em sete dias estranhos procurei...

segunda, o primeiro depois do último, a noite antevê o nascimento...
terça, chegados ao jardim do pânico, procuramos novamente a porta...para sair.
quarta, já nem de ti me lembro, doce princesa da loucura.
quinta, sujeito à luz da lua procuro uma resposta a uma simples questão: porquê?
sexta, preparo-me para abandonar o meu corpo, e entrar no teu...
sábado, antes do fim, o suspiro, o rumor, a vontade de renascer...
domingo, cansado, desligado...para já finalizado.

em sete dias estranhos procurei encontrar a lua deste planeta.
em sete dias estranhos respirei ácido e bebi veneno, provei o terror.
em sete dias estranhos colhi uma rosa e sangrei lentamente, chorando...
em sete dias estranhos provoquei a ira e pacifiquei a guerra, tua, minha...
finalmente em sete dias estranhos descobri o poder, de gritar, de chorar, de amar, de criar e de morrer...suavemente.

Who Killed Mr. Moonlight?
















Consider green lakes
And the idocy of clocks
Someone shot nostalgia in the back
Someone shot our innocence

A broken arrow in a bloody pool
The wound in the face
Of midnight proposals
Someone shot nostalgia in the back
Someone shot our innocence

In the shadow of his smile

All our dreams have melted down
We are hiding in the bushes
From dead men
Doing Douglas Fairbanks' stunts
All our stories burnt

Our films lost in the rushes
We can't paint any pictures
As the moon had all our brushes
Extracting wasps from stings in flight

Who killed Mr. Moonlight?
Who killed Mr. Moonlight
In the shadow of his smile
Who killed Mr. Moonlight
In the shadow of his smile

Bauhaus